Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

domingo, 4 de abril de 2010

CARROS - Fiat Palio Dualogic


Câmbio automatizado está mais ‘macio’ no hatch.
Sem o pedal da embreagem, modelo parte de R$ 38.180.

Milene Rios Do G1, em São Paulo

 


 

Palio Dualogic (Foto: Milene Rios/G1)

Pioneira no desenvolvimento de carros com apelo aventureiro no Brasil, a Fiat também foi a primeira a equipar um carro de entrada com câmbio automatizado. O Palio passou a ser oferecido com o sistema, conhecido por Dualogic, em julho de 2009 e bastaram três meses para que a Volkswagen copiasse a receita no Gol.

Os câmbios automatizados dispensam o pedal da embreagem, pois as mudanças de velocidades são gerenciadas por uma central eletrônica que, de acordo com a “pisada” no acelerador e a rotação do motor, transmite comandos aos acionadores eletro-hidráulicos que movimentam a embreagem e fazem as trocas de marchas.

Foto: Arte/G1

Gol I-Motion é o único concorrente direto do Palio Dualogic (Foto: Arte/G1)

Apesar dos sistemas das duas fabricantes serem desenvolvidos pela Magneti Marelli Power Train, o Gol surpreendeu com a transmissão que a fabricante alemã apelidou de ASG. Isso porque a tecnologia da Volks passou também pelas mãos dos engenheiros da marca na Alemanha e no Brasil que reduziram as relações das marchas, suavizando os trancos, tão criticados nos sistemas automatizados.


Palio Dualogic (Foto: Milene Rios/G1)

Para não ficar atrás, a Fiat fez melhorias na transmissão Dualogic que não havia deixado boas impressões em seu lançamento no hatch Stilo, em 2008. Segundo a fabricante, o software do sistema, que é responsável por ordenar as trocas, foi recalibrado para fazer as mudanças de marcha em rotações menores e por isso está mais "macio".

Com a alteração, as diferenças para o Palio e Gol ficam apenas na dirigibilidade e no preço. O hatch da Fiat com câmbio automatizado parte de R$ 38.180 e o da Volkswagen começa em R$ 36.690. No entanto, o Palio traz o motor 1.8 e mais itens de série que o rival.

A ausência do pedal da embreagem só está disponível na versão topo de linha, ELX, que sai de fábrica com vidros e travas elétricas, direção hidráulica, ar-condicionado, computador de bordo, faróis de neblina, aerofólio traseiros, detalhes cromados na carroceria e sistema que mantém os faróis acessos por alguns segundos depois que o carro é desligado.

Foto: Milene Rios/G1

Palio Dualogic (Foto: Milene Rios/G1)

A versão avaliada é equipada com todos os opcionais disponíveis, como retrovisores internos com antiofuscamento, sensor de chuva, rodas de liga-leve de 15 polegadas, freios com ABS e EBD e airbag para motorista e passageiro, e seu preço chega a R$ 50.010.

Desde a versão menos equipada, a cabine trata muito bem os ocupantes, com assentos revestidos em tecido aveludado, espumas macias e apoio de braço para motorista. Também pesa a favor do conforto a suspensão macia que, por outro lado, transmite certa insegurança, pois contribui para que a carroceria incline nas curvas mais do que o esperado.


Palio Dualogic (Foto: Milene Rios/G1)

Sob o capô, está o motor 1.8 de 114 cavalos, com álcool, que garante boas arrancadas e disposição nas retomadas de velocidade. O torque de 18,5 kgfm aparece aos 2.800 rpm. Apesar de ter mais fôlego que o propulsor 1.6 do Gol, faz falta a alavanca tipo borboleta atrás do volante para a troca de marchas oferecida no hatch da Volks, que não está disponível no catálogo da Fiat, nem como opcional.

Outro ponto fraco é o consumo maior. De acordo com a fabricante, o Palio 1.8 faz 8,4 km/l de álcool em ciclo urbano. Nas mesmas condições, o computador de bordo do modelo testado registrou a média de 7,1 km/l.

A economia está mesmo no preço final. O câmbio automatizado custa em média R$ 2.500, a metade do valor pago por uma transmissão automática, e por isso é uma boa opção para cidades com trânsito carregado. Mas o desconto tem outro custo: o sistema exige adaptação do motorista.


Para quem estiver disposto, a dica é pisar com moderação no acelerador e aliviar o pedal quando sentir que a marcha será trocada. Requer um pouco de treino, mas com o tempo vira algo natural.

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