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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

CHUVAS - Mercadante diz que chuvas ainda vão matar no Brasil. 251 municípios com risco elevado de desastres #SOCORRO

Chuvas: Brasil tem 251 municípios com risco elevado de desastres
Mas só 56 estarão mapeados já neste verão, informou o Ministério da Integração Nacional
Demétrio Weber
Catarina Alencastro

BRASÍLIA - O Ministério da Integração Nacional divulgou nesta quinta-feira que 251 municípios brasileiros têm áreas de risco elevado e são considerados prioritários na prevenção a desastres decorrentes de enchentes. Desse total, 26 foram mapeados este ano com o objetivo de identificar precisamente os bairros e as localidades mais vulneráveis para fins de remoção da população.Outras 30 cidades que já haviam sido mapeadas entre 2005 e 2006 estão em processo de atualização, o que deverá ser concluído no início de 2012, segundo anunciou o ministro Fernando Bezerra. Isso significa que, dos 251 municípios com áreas de risco elevado, apenas 56 estarão mapeados já neste verão, tradicionalmente uma época de fortes chuvas no país.

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Bezerra disse que a meta é mapear as 251 cidades até 2014. Ele reclamou da falta de técnicos disponíveis no mercado para realizar o serviço. O ministro disse ainda que sua pasta investiu R$ 271 milhões em obras de prevenção, entre elas a contenção de encostas.

Ele também afirmou que serão liberados R$ 48 milhões nos próximos dias para equipar as Forças Armadas que atuam nas situações de calamidade. Segundo o ministro, essas verbas serão destinadas às regiões Sul e Sudeste. Mais R$ 48 milhões deverão ser liberados até maio de 2012, com o mesmo propósito, para as regiões Norte e Nordeste.

Fernando Bezerra disse que o ministério deu ênfase este ano às ações preventivas, o que segundo ele muda a lógica de atuação do governo.

- Havia sempre uma visão de responder à ocorrência do desastre e muito pouco trabalho dedicado à preparação e, sobretudo, à prevenção. A presidente Dilma quer mudar essa cultura.

Em 2011, o ministério realizou simulações de remoção de moradores em dez municípios e treinou 6 mil agentes de defesa civil. O cadastro nacional de defesa civil, que tinha menos de 400 municípios com sistemas de defesa civil registrados, conta hoje com mais de 2 mil. O ministro afirmou que a prevenção e o atendimento de desastres devem ser feitos em conjunto pelas três esferas de governo: municípios, estados e União.

Em relação às obras de recuperação da infraestrutura destruídas nas enchentes do último ano, o ministro disse que, no caso da região serrana do Rio, o governo federal já disponibilizou cerca de R$ 75 milhões para a reconstrução de pontes. Mas, segundo ele, o governo estadual do Rio estaria com dificuldade para executar as obras.

- Os recursos estão à disposição do governo do estado, e ele está encontrando dificuldades para poder contratar os serviços de recuperação dessas obras de arte (obras viárias).

O ministro também apresentou o sistema de monitoramento e alerta, que começa com os institutos de previsão meteorológica. Eles informam um centro do Ministério de Ciência e Tecnologia, que, por sua vez, aciona um centro de alerta do Ministério da Integração Nacional, encarregado de entrar em contato com as prefeituras e governos estaduais.

A partir deste verão, o ministério pretende universalizar a distribuição de cartões de defesa civil para municípios atingidos por enchentes. O dispositivo funciona como um cartão de crédito e serve para cobrir despesas emergenciais. Os gastos do cartão, que é utilizado em Santa Catarina desde setembro deste ano, são divulgados no Portal da Transparência, da Controladoria Geral da União (CGU), para coibir fraudes.

Mercadante diz que chuvas ainda vão matar no Brasil
Já o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, ao apresentar a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação nesta quinta-feira, afirmou que o governo não será capaz de impedir mortes por causa das chuvas neste e nos próximos verões. À Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, o ministro disse que estão sendo tomadas medidas para reduzir os impactos dos eventos climáticos severos e citou a criação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e a aquisição de novos radares e pluviômetros. Mas disse que novos equipamentos são necessários e não dá para ter ilusões de que não haverá vítimas fatais por conta de inundações e deslizamentos.

- Morrerão pessoas neste verão e nos próximos. O que estamos fazendo é diminuindo o impacto dos extremos climáticos, que estão se agravando. O Brasil precisa entender que o clima mudou, que vamos ter inundações, vamos ter alagamentos, deslizamento e mortes. Nós teremos vítimas esse ano, não queremos criar qualquer tipo de ilusão. Estamos procurando buscar essa consciência - disse.

FONTE O GLOBO Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/chuvas-brasil-tem-251-municipios-com-risco-elevado-de-desastres-3453233#ixzz1ggl7dgDt
 

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