Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

SAÚDE NO RIO - Faltam médicos e sobra tempo de espera por atendimento

Faltam médicos e sobra tempo de espera por atendimento
Pacientes aguardam atendimento na porta do hospital 
 
Maíra Rubim - O Globo

Quase quatro meses após a publicação de uma reportagem sobre a saúde pública na Zona Oeste, no GLOBO-Barra, a situação no Hospital Municipal Lourenço Jorge continua a mesma. Pacientes sofrem com a demora no atendimento e funcionários denunciam o número insuficiente de profissionais que trabalham no local.

Segundo um médico que não quis se identificar, desde o Natal, em mais de dois plantões, a emergência funcionou sem cirurgiões, ortopedistas e chefes de equipe. Os plantonistas chegaram a colocar um papel na porta do setor informando que estes atendimentos específicos não seriam realizados.

— Vivem acontecendo situações assim no Lourenço Jorge, é impossível uma emergência prestar atendimento dessa maneira — conta o médico.

A mãe de Charlene Moreira da Silveira foi transferida para o hospital no dia 5 de janeiro. Desde então, Charlene coleciona reclamações.

— A minha mãe, uma senhora de idade, chegou aqui numa quinta-feira para fazer uma tomografia que só foi realizada na segunda-feira, dia 9 de janeiro. Agora, ela precisa fazer uma colonoscopia e os médicos não dão previsão de quando o exame será feito. Além disso, os enfermeiros só cuidam dela na parte da manhã. Quando venho visitá-la, tenho que auxiliar na higienização — diz Charlene, agente administradora da Receita Federal.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Rio de Janeiro, Jorge Darze, informa que a situação piora cada vez mais na unidade:

— A emergência funcionar sem médicos de especialidades fundamentais significa colocar a população em risco. O Lourenço Jorge tem uma responsabilidade social muito grande que não está sendo levada a sério. Vamos ao Ministério Público. É um absurdo um hospital deste porte funcionar sem neurocirurgião — afirma Darze.

A Secretaria municipal de Saúde e Defesa Civil admite o problema e informou que reforçará o quadro dos hospitais por meio de um concurso público já em andamento. Serão preenchidas 1.700 vagas de diversas especialidades em toda a cidade.

Fonte Extra http://extra.globo.com/noticias/rio/faltam-medicos-sobra-tempo-de-espera-por-atendimento-3692306.html#ixzz1ju1hJabc

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