Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

terça-feira, 12 de junho de 2012

CPI DO CACHOEIRA - Documento mostra que verba para compra de casa de Perillo veio da Delta


ANDREZA MATAIS
RUBENS VALENTE
BRENO COSTA
FOLHA DE SÃO PAULO


BRASÍLIA - Documentos obtidos pela CPI do Cachoeira reforçaram as suspeitas de que o dinheiro usado na compra da casa do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) pode ter saído dos cofres da empreiteira Delta.

A quebra do sigilo fiscal da empresa mostrou que no dia 2 de maio de 2011 R$ 400 mil saíram das contas da Delta para a empresa Alberto e Pantoja e, no mesmo dia, foram parar na conta da empresa Excitante, de uma parente de Carlinhos Cachoeira.

A Excitante é dona da marca de roupa infantil Babioli. Neste mesmo dia, foi compensado na conta de Perillo o segundo cheque dado pela Excitante pela compra da casa.

A Folha já havia revelado que R$ 250 mil também fizeram o mesmo caminho. No mesmo dia 4 de março, em que o governador depositou o primeiro cheque referente a transação imobiliária, o dinheiro saiu da Delta, para a Pantoja e finalmente para a Excitante.

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse que se faz necessário a quebra do sigilo da Excitante que poderá mostrar se há vinculação entre os repasses. Ou seja, se o dinheiro que saiu da Delta para a Pantoja é o mesmo que foi repassado ao governador.

A Alberto e Pantoja é, segundo a PF, uma empresa fantasma que recebeu milhões da Delta. Documentos da quebra do sigilo fiscal da empresa confirmaram que a Pantoja nunca teve funcionários.

O governador vendeu em 2011, por R$ 1,4 milhão, uma casa em Goiânia. Ele alega que negociou o imóvel para Wladimir Garcez, apontado pela PF como braço político de Cachoeira.

A venda da casa se tornou polêmica após varias versões dos envolvidos. O imóvel foi registrado em nome de uma empresa ligada a um empresário de Goiânia. "A empresa que deu o cheque é da família do senhor Carlos Cachoeira. Quem intermediou o negócio foi um assessor do Cachoeira, Quem foi preso na casa que era do governador foi o seu Carlinhos Cachoeira", disse o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG).


+ CA

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