Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro disse Dom Pedro II

domingo, 17 de junho de 2012

EXTORSÃO - Prefeitura não conseguiu acabar com o achaque dos flanelinhas


Várias tentativas para acabar com a desordem dos flanelinhas
Com novo modelo, houve problemas de operação, judiciais e até confrontos

O GLOBO

RIO - Não faltaram tentativas da prefeitura para combater os flanelinhas. A partir do início dos anos 90, surgiram o Rio Rotativo, o Vaga Certa e o Período Único — os dois últimos extintos —, com suas versões. As diferentes regras, no entanto, não conseguiram acabar com os flanelinhas nas áreas regulamentadas. Tampouco com as denúncias de corrupção e de talões falsos.


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O sistema que ficou — o Rio Rotativo — virou auto-operativo em 2004. Desde então, a responsabilidade por preencher o tíquete e estacionar o veículo corretamente passou a ser do motorista. E a fiscalização minguou.

A situação das vagas públicas do Rio Rotativo era caótica, com flanelinhas e guardadores autônomos disputando os estacionamentos, quando, em 2008, o então prefeito Cesar Maia fez uma licitação. A concorrência culminou com a assinatura de um contrato com o consórcio Embrapark — formado por grupos paulista e espanhol — para explorar vagas de oito bairros. Para os demais lotes, não apareceram interessados.

Com a estreia do novo modelo, em 11 de novembro de 2008, a administração das vagas do trecho licitado passou a ter problemas de operação, trabalhistas e judiciais. Houve até confrontos com flanelinhas. O primeiro dia foi marcado por confusão: guardadores que controlavam as vagas anteriormente não deixaram os operadores começar a trabalhar. Quatro homens, um deles armado, teriam ameaçado empregados da Embrapark.

Uma decisão do Tribunal de Contas do Município (TCM) suspendeu a operação da Área Azul. A Embrapark só reassumiu em maio de 2009, com reforço policial, na gestão de Eduardo Paes. Em janeiro de 2010, Paes deu um ultimato à empresa — já com novos donos, uma vez que espanhóis e paulistas desistiram do negócio — porque ela não honrou a cláusula de adquirir da CET-Rio uma cota mínima de 650 mil talões por mês. Quatro meses depois, em meio à falta de operadores, Paes anunciou que romperia o contrato. Tudo ficou na ameaça, e o modelo novo não foi levado para o resto da cidade.



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