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segunda-feira, 18 de junho de 2012

SUSPEITA - Promotoria investigará evolução de patrimônio do prefeito de Curitiba


ESTELITA HASS CARAZZAI
FOLHA DE SÃO PAULO

CURITIBA - O Ministério Público do Paraná abrirá nesta segunda-feira (18) uma investigação sobre a evolução do patrimônio do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), que é pré-candidato à reeleição.

Nesta manhã, o prefeito foi ao Ministério Público entregar cópias do Imposto de Renda de sua família nos últimos cinco anos, afirmou à imprensa que a denúncia de que a evolução de seu patrimônio foi desproporcional à sua renda partiu de "adversários aloprados", e pediu que fosse investigado.

Reportagem da revista "Veja" publicada neste fim de semana informou que o prefeito e sua mulher têm um patrimônio de R$ 30 milhões, o que seria incompatível com sua renda.

Divulgação/Lucianoducci.com.br
O prefeito de Curitiba, Luciano Ducci

Em 2008, segundo a revista, os bens de Ducci e sua mulher, que é médica pediatra, somavam apenas R$ 1 milhão. Em nota oficial, o Ministério Público afirmou que "frente à matéria [da Veja] e com a entrega de documentos de Ducci, o Ministério Público confrontará os fatos noticiados com os documentos".

Ducci nega qualquer irregularidade e afirma que a maior parte do aumento de seu patrimônio se deve a heranças recebidas por sua mulher, Marry Dal Prá Ducci, cuja família é proprietária de terras no interior do Paraná e de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

O prefeito também afirma que todos os seus bens foram declarados e têm origem comprovada à Receita Federal, assim como os de seus filhos --que também são médicos e que, segundo a "Veja", compraram imóveis em favor dos pais.

Em 2008, quando foi candidato a vice-prefeito do atual governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), Ducci declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 354 mil. Já Marry Ducci nunca foi candidata --por isso, suas declarações de renda não são públicas.

Em nota distribuída no final de semana, o prefeito havia dito que a revista "Veja" foi "usada por fonte mal informada e evidentemente determinada a fabricar um falso escândalo".

O Ministério Público deve concluir a investigação em 30 dias.

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